terça-feira, 8 de novembro de 2016

Movember!


Este mês decidi aderir ao Movember com o objetivo de evitar que outras pessoas passem pelo que eu passei em meu tratamento. A Fundação Movember é a maior investidora não governamental em pesquisa relacionada ao câncer de próstata no mundo, além de ajudar também na prevenção de câncer de testículo e depressão. O meu câncer é de "células germinativas", um tipo que acomete poucas pessoas, mas entrei na causa por relacionar-se a um grupo de pacientes muito maior que o meu e que a detecção precoce realmente salva vidas!

Caso queiras ajudar nessa causa, existem muitas maneiras:


  1. O mais importante é falar sobre câncer e depressão entre os homens. 
  2. Você também pode usar a moldura Movember no seu perfil do Facebook e / ou deixar um bigode crescer em novembro e juntar-se a nossa equipe (http://moteam.co/floripa-movembers)!
  3. Para aqueles que decidirem ajudar com uma doação (http://moteam.co/floripa-movembers), gostaria de dizer que nenhum valor é muito pouco, com os US$ 10 e US$ 20 pilas chegamos a mais de US$ 700! 

Enfim, a ideia é dar risada com o bigode e usá-lo como desculpa para gerar "awareness". Vamos nos divertir e usar a internet para algo legal!


Rafael


Para saber mais:

A idoneidade do Movember pode ser investigada usando a give.org (ong que avalia ongs): aqui está o link 
http://www.give.org/charity-reviews/national/health/movember-foundation-in-culver-city-ca-20251
(recomendo ver o tab Financial).

Para verificar o montante que vai para cada projeto específico que está sendo financiado por países dê uma olhada aqui: https://us.movember.com/report-cards


Aparentemente bem

Outro dia saí para almoçar com um amigo e fiz uma atualização para ele da minha situação. Foi curioso, pois ele, como a maioria, julga que eu estou bem, que minha situação mudou. Falou algo como "vejo que agora você está muito bem".

É interessante analisar a desconexão entre o câncer e o tratamento, entre a aparência e a realidade. No meu caso, somente o tratamento --a brutalidade da minha quimioterapia-- gerou sinais visuais que são interpretados como doença. Por exemplo, o fato de Carol e eu termos feito uma viagem de bicicleta na Califórnia, pedalado muitos quilômetros, faz a maioria dos amigos concluírem que eu estou curado ou algo assim. Na verdade estou "curado" da quimioterapia. O meu tumor, que era do tamanho de um abacate, agora é do tamanho de um caroço de abacate e os médicos não têm ideia se ele está morto ou se vai voltar a crescer.

Meu oncologista comentou que se algo ruim for acontecer, ou seja, o tumor voltar a crescer e eu tiver que fazer a cirurgia, ele antecipa que isso ocorreria nos próximos dois anos. O lado positivo é estar perto do único centro de estudos (em Indianapolis) deste raro tipo de câncer.

Rafael