sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

3a quimioterapia, dias 2, 3, 4


Ontem finalmente fui ao hospital para ficar com R. Minha gripe já passou há dias, mas fiquei em casa para "curar bem".

Achei que ele estava muito bem da náusea comparado com os outros ciclos, mas logo descobri que tinham aumentado ainda mais a dose de remédios anti-náusea depois que R vomitou várias vezes de terça para quarta-feira. Agora estão dando um remédio mais forte que o Vonau (Zofran), o Aloxi (palonosefron) e injetável.

Hoje R acordou com fome e sem sintomas de enjôo, mas no meio da manhã, ao sinal das primeiras náuseas, já tomou mais um Ativin (Lorezapan) e Compazine (Prochlorperazine).  Tudo isso é remédio só para tratar a náusea da quimioterapia e consequentemente dá um sono danado em R.

Conheci a médica oncologista desta semana e perguntei como estavam os exames de sangue. As hemoglobinas já chegaram a 8 (que eu tinha entendido ser o limite para iniciar a transfusão), mas ela disse que não. O limite que eles adotam mesmo é 7, exceto quando o paciente começa a ter sintomas, tais como palpitações e dores de cabeça. O nível de magnésio também está baixo, mas logo depois que falei com ela vieram com uma infusão para repor.

Atrasos constantes no término das infusões:

Um dos remédios quimioterápicos tem bolsas infusões de 24 horas, o chamado Ifosfamide. São 5 ao todo, por ciclo, fechando teoricamente 5 dias de tratamento. Mas toda vez há atrasos que a gente (engenheiros) não se conforma: 31 horas é muita margem de erro! Vejam: se eu tenho um volume X, com uma vazão Y, e o tempo total é muito diferente de 24 horas, algum problema temos aí! Ou a bolsa de infusão não tem exatamente o volume indicado, ou o equipamento está descalibrado, ou a equipe médica faltou a aula de matemática e fica chutando o número da vazão... Esta última parece ser o dia a dia por aqui: uma infusão foi com vazão de 24, agora estão com vazão de 30... e ninguém sabe ao certo quando isso vai terminar ou que dia vamos embora do hospital.