terça-feira, 17 de novembro de 2015

O diagnóstico


Uma "segunda" espinha apareceu no pescoço de R, menos de um mês depois da primeira. No entanto esta estava maior, e sem sinal de que sairia sem um "intervenção".

"Uma espinha interna. Um furúnculo provavelmente." - pensei.

Mas passados 3 dias, e com o aumento do desconforto, seguindo a recomendação de sua irmã, resolvemos ir num sábado até a emergência do hospital para dar uma olhada e ver se era um caso cirúrgico. O hospital universitário a 2 quadras de nossa casa é bastante conveniente, mas é preciso paciência com os vários residentes que chegam fazendo as mesmas perguntas, apalpando a região, etc. Foi um alívio a chegada do médico plantonista para finalmente tomar uma ação. Resolveu fazer um exame de sangue e um raio-x.

O exame de sangue mostrou que R está muito saudável. Todos os números de uma pessoa que vem fazendo atividades físicas regularmente (pelo menos 5 vezes por semana) e que tem uma alimentação saudável com pouca carne vermelha. Até a irmã de R, por whatsapp, tranquilizava-nos que não deveria ser nada se o sangue estava bom. Mas o médico viu "algo" no raio-x e pediu uma tomografia computadorizada. Com o outro exame, voltou falando palavras que eu não conseguia conectar com a espinha no pescoço: possível câncer, possível tratamento quimioterápico, biopsia já na segunda-feira...

Tinha esquecido que era dia de Halloween e voltamos para casa com aquele clima fúnebre, vendo vampiros e esqueletos caminhando pelas ruas...

C.

(Nota R: Como era Halloween, o médico virou pra mim e falou: 'Trick or Treatment?')