domingo, 20 de dezembro de 2015

Natal

Caros amigos, aproveito este meu último post antes de voltar à segunda rodada de quimioterapia para refletir um pouco sobre minha condição de privilegiado em relação a outros que passam por dificuldades maiores.

Desde que fui diagnosticado com câncer, tudo o que encontrei foi apoio, afeto, carinho e compreensão de familiares e amigos. Já comentei com vários de vocês que a condição não poderia ser melhor. Do ponto de vista da qualidade do tratamento, não há muito o que questionar. Do ponto de vista financeiro, o seguro saúde dá uma previsibilidade de quais serão as despesas e elas se encaixarão no orçamento. Do ponto de vista afetivo, conto com o apoio 24 horas da C, que desde o primeiro momento tem estado constantemente ao meu lado, prestando-me todo o amparo, carinho e amor que se pode imaginar. Como se não bastasse, ainda há todo o apoio e carinho da família que esteve e está aqui.

Não é preciso ir longe para pensar em quantas pessoas hoje passam por situações bem mais adversas que a minha e, aproveitando o espírito natalino (que certamente terá significado diferente para cada um dos leitores), gostaria de sensibilizá-los para esses casos e fazer o apelo para que considerem ajudá-los de alguma forma. Encarem minhas sugestões abaixo como um ponto de partida, mas que pode servir a cada um para refletir sobre um grupo ou uma causa que necessite de ajuda. Acho que o coração de cada um vai mostrar o melhor caminho.

Eu, particularmente, fiquei sensibilizado por dois casos: o dos refugiados e o da creche e asilo Abrigo Doce Morada no Rio de Janeiro.

No caso dos refugiados, por acompanhar os temas de Oriente Médio e por ter trabalhado com esse assunto no Irã, toda vez que penso no assunto, lembro de um episódio. O Brasil, na época, fez uma doação que foi usada para construir uma escola para refugiados afegãos no Irã e eu acabei designado para a inauguração. Foi muito emocionante conhecer as crianças que seriam atendidas pela nova escola e até hoje lembro do comentário do representante da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR). "Isso não vai resolver os problemas do mundo, mas, para estas pessoas, vai".

O site do ACNUR tem informações sobre o trabalho da agência (www.unhcr.org) e doações podem ser feitas no site http://donate.unhcr.org/

O caso do Abrigo Doce Morada também me sensibilizou. Gostei muito do trabalho feito pelo professor Carlos Cardoso com crianças e idosos. No site do Abrigo, há algumas reportagens feitas pelas redes locais de televisão: http://www.abrigodocemorada.org.br/site/videos.php que mostram um pouco mais do trabalho feito.
No site há informações de como doar para a instituição filantrópica http://www.abrigodocemorada.org.br/site/colabore.php

Existem inúmeras instituições fazendo o bem pelo mundo afora, talvez você conheça outra com a qual se identifique mais. Acho apenas importante destacar que toda ajuda, por menor que seja, é bem vinda e que todos nós, independente de nossas situações, podemos ajudar um pouco.

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